Excuse me!
Claro que algumas são mais difíceis de aceitar do que outras — especialmente quando você é um recém-imigrante. Temos a tendência de sempre comparar o nosso país de origem com o novo país onde passamos a viver.
Eu me lembro da primeira vez que visitei os Estados Unidos. Estava tão empolgada! As paisagens, os cheiros, as pessoas… tudo era novidade pra mim. Eu andava deslumbrada, observando tudo e todos.
Quando entrei em um Walmart pela primeira vez, fiquei encantada. Era um mercado muito diferente dos que existiam na cidade onde eu morava no Brasil. Lembro que estava no corredor de maquiagens, fascinada com a variedade de produtos!
Eu analisava cada item com curiosidade, comparava os preços e pensava mentalmente o quanto dava pra comprar por um preço surpreendentemente bom.
Lá estava eu, examinando os rótulos e tentando traduzir mentalmente o que diziam, quando ouvi uma voz ao fundo, quase imperceptível:
— Excuse me!
Olhei para o lado e vi uma moça com um carrinho parada, olhando pra mim. Pensei: “Tá parada olhando o quê? Tem meio metro de espaço entre a gente!”
— Excuse me!
Ela insistia. “Qual o problema dela?”, pensei. “Passa, mulher! Nem tô bloqueando o caminho!”
Resolvi me afastar um pouco. E então ela passou… a metros de distância!
Foi nesse dia que descobri uma característica cultural muito importante: o distanciamento pessoal.
Aqui, as pessoas prezam muito pelo seu espaço. É literalmente cada um no seu quadrado. Não encoste, não relé, não toque! Americanos, em sua maioria, são bem restritos no primeiro contato.
Invadir o espaço do outro pode ser um grande problema. Eu já tinha percebido isso como turista, mas como residente isso se tornou ainda mais evidente, na minha opinião.
É claro que existem variações. Além do “excuse me”, você também pode ouvir o “pardon me”, que é igualmente comum.
Então, seja nos corredores do supermercado, caminhando pelos parques ou entrando em um restaurante, lembre-se deste post e use sempre um bom e educado:
— Excuse me! 😉
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